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30 de abril de 2025Como a aplicação de recursos em segurança digital está moldando o futuro e impulsionando o mercado?
Sabemos que os ataques digitais estão cada vez mais sofisticados, tornando a cibersegurança uma pauta prioritária para organizações em todo o mundo. Diversas empresas estão reformulando e até ampliando seus orçamentos para adotar estratégias mais robustas de segurança digital, frente à crescente maré de ataques cibernéticos que atinge os mais diferentes setores. Isso significa que as tendências globais de investimento na área estão moldando o futuro da cibersegurança, estimulando o desenvolvimento de ferramentas mais avançadas e promovendo inovações tecnológicas para enfrentar as ameaças cibernéticas em constante evolução.
Analisando brevemente o panorama geral, tendo como base as previsões da Forrester, os gastos globais com TI devem alcançar US$ 4,9 trilhões em 2025. A International Data Corporation (IDC) também apresenta considerações positivas, indicando que a receita global de produtos de cibersegurança subiu 15,6% entre 2022 e 2023, com expectativa de atingir US$ 200 bilhões até 2028. Esse aumento se deve, em grande parte, pelo custo crescente do cibercrime, que poderá gerar prejuízos de até US$ 10,5 trilhões anuais às empresas até 2025. O que se observa é que temos aqui um “cabo de guerra”: de um lado, a escalada do cibercrime afetando diversos setores, e de outro os setores sendo motivados a buscar recursos mais robustos para se proteger.
Os gastos com defesa cibernética são expressivos em muitas partes do mundo, sendo a América do Norte a líder do ranking, impulsionada por um ambiente regulatório rigoroso focado na detecção de ameaças. No entanto, a América Latina também tem demonstrado um avanço significativo nos investimentos. Um estudo realizado pela Canalys, empresa de análise do mercado de tecnologia, apontou que os gastos com serviços de segurança cibernética na região cresceram 12,9%, alcançando US$ 163,3 bilhões em 2024.
Motivações e perspectivas de futuro
Considerando a minha experiência no setor, entendo que múltiplos fatores podem explicar o aumento na aplicação de recursos em cibersegurança. A maior frequência de ataques e o aprimoramento de ameaças como ransomware, phishing e violações de dados têm forçado empresas a investirem pesadamente em mecanismos de proteção. Além disso, a conformidade às exigências regulatórias – como as determinadas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – e a modernização tecnológica em termos de aplicabilidade da Inteligência Artificial (IA) incentivam ainda mais os investimentos em soluções de ponta.
O fato é que esse comportamento está gerando mudanças importantes na forma como a segurança digital é conduzida, desenvolvida e aplicada. Organizações estão investindo em autenticação multifatorial, verificação biométrica e soluções de gestão de identidade, promovendo melhorias consideráveis na proteção de identidades digitais. Além disso, tecnologias baseadas em IA e aprendizado de máquina têm impulsionado avanços na detecção e resposta a ameaças, permitindo identificar incidentes de forma mais rápida e precisa e reduzir seus impactos.
As perspectivas futuras apontam que a cibersegurança deve se tornar um fator ainda mais determinante nos gastos de tecnologia e no Produto Interno Bruto (PIB) global nos próximos anos. Relatórios do setor indicam que as organizações devem priorizar soluções que gerem verdadeiro valor de negócio, com foco em tecnologias avançadas e na aderência regulatória. Diante de um cenário de ameaças cada vez mais sofisticadas e de um ambiente regulatório em constante evolução, os investimentos em cibersegurança se consolidam como prioridade estratégica para empresas de todos os segmentos de mercado.
A tendência é que a segurança digital deixe de ser apenas uma necessidade operacional para se tornar um diferencial competitivo e um motor de inovação. À medida que novas tecnologias são incorporadas e práticas mais maduras de proteção são desenvolvidas, a capacidade de adaptação e a visão de longo prazo serão fundamentais para construir ambientes digitais resilientes, seguros e alinhados às exigências de um mundo cada vez mais digitalizado.
Por Luiza Dias – É presidente da GlobalSign Brasil. Possui 18 anos de carreira, 8 deles dedicados à GlobalSign, é a única mulher latino-americana a ocupar esta posição em uma Autoridade Certificadora de Raiz Internacional. Na Global Luiza se tornou uma importante referência feminina do mercado em toda América Latina.
Fonte: IT Forum