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29 de outubro de 2025Esse termo é utilizado em várias situações. Quando passamos por mudanças, precisamos nos adaptar à nova rotina. Quando aprendemos a fazer algo de forma diferente, dizemos que estamos nos adaptando ao novo.
Nesse constante movimento de adaptação, a humanidade acaba por criar formas cada vez mais criativas de realizar suas atividades. É exatamente nesse contexto que nasce a tecnologia.
A criatividade humana ganha forma e vigor através da tecnologia. Na busca por fazer melhor, mais rápido e de maneira mais intuitiva, as empresas de tecnologia transformam o cotidiano, dando a sensação de que se adaptar ao conforto e à satisfação é algo bom.
Antes, estávamos adaptados a andar de ônibus e a esperar no ponto. A condução chegando, aquela correria para subir, passageiros se acotovelando para conseguir um assento. De repente, surge uma nova tecnologia e torna acessível o transporte individual de carros e motos. Parte das pessoas percebe que aquela realidade não é mais necessária e se adapta ao novo.
Em outro momento, o mundo é abatido por uma pandemia e, de repente, todos estão presos em casa, sem saber como produzir ou se resistiriam a essa nova realidade. Mais uma vez, a tecnologia mostra novas formas de gestão e produtividade, tornando o trabalho remoto, antes impensável, em uma realidade. A adaptação foi tão grande que muitos nem querem mais sair de casa.
Todas essas adaptações e facilidades um dia foram apenas uma ideia. E, para tirá-las da mente, alguém criou uma empresa de tecnologia da informação.
É da natureza dos empresários e profissionais de TI tornar o mundo um lugar melhor para se viver. Muitas vezes descredibilizados, são eles que tornam a vida cada vez mais confortável, tão adaptável e intuitiva que nem percebemos.
Agora, uma nova realidade surge e, novamente, a TI terá papel essencial: a Reforma Tributária.
Serão as empresas de tecnologia que tornarão possíveis as novas práticas: Split Payment, Cashback, apuração assistida e tantas outras terão sua base em tecnologias que ainda estão em desenvolvimento.
No entanto, essas mudanças não serão benéficas para as empresas de tecnologia. É muito provável que as alterações causem aumento de impostos nessas empresas. Cada uma terá de avaliar seu próprio cenário.
E isso soa injusto. Como pode a atividade responsável por tornar o mundo mais adaptável — e que ainda vai viabilizar a implantação da Reforma Tributária — ser penalizada com o pagamento de mais impostos?
Não haverá Reforma sem tecnologia. E, diante desse cenário, as empresas terão de passar por outra adaptação: olhar para dentro.
Será necessário compreender as novas cargas tributárias e repensar o modelo de negócio. O principal desafio será manter os níveis atuais de retorno. Muitos terão de renegociar preços, alterar condições contratuais, demitir funcionários ou terceirizar rotinas.
Os próximos anos serão desafiadores para as empresas de tecnologia. Foi com fé e trabalho que muitos negócios já superaram grandes transformações e assim será novamente.
Há, contudo, um aspecto prejudicial que chega a doer o coração: o outro lado dessa moeda, impossível de mensurar — a perda da capacidade criativa.
Cada minuto gasto com os olhos voltados aos impostos é um minuto a menos dedicado à inovação. E quem perde é a humanidade, pois é um minuto a menos investido em novas adaptações.
O profissional de TI precisa olhar para o mundo. É nas relações humanas que estão as oportunidades. Como diria o sábio: “Criatividade é apenas conectar coisas.”
Conrado Viana – Contador há 18 anos, fundador do projeto Simplificando a Reforma. É conhecido por explicar o tema com clareza, direção e aplicação prática — ajudando empresários e profissionais a entender e agir com segurança diante das mudanças.


