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Assespro cria fundo para alavancar startups

O setor de tecnologia vai contar, a partir de 2020, com um novo fundo de investimentos. Idealizado pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, a Assespro, ele está em fase avançada e será constituído, inicialmente, com aporte das próprias empresas do setor de tecnologia.

Cada uma das 13 regionais da Assespro estará envolvida na missão de captar recursos nas suas praças. A expectativa da entidade, segundo o seu presidente nacional, o pernambucano Ítalo Nogueira, é que cada regional capte em média R$ 2 milhões junto a investidores de suas localidades. Para facilitar os aportes, serão criadas cotas de R$ 100 mil.

A iniciativa vai ajudar a driblar a dificuldade de captação nos mercados onde as startups estão sediadas. “Em Pernambuco, por exemplo, há grandes empresas operando, mas o poder de decisão, em geral, fica em São Paulo. É assim em muitos estados do Brasil”, lembra Nogueira. Essa “ausência de poder de decisão local” limita a comunicação e cria uma barreira aos aportes de investimentos. A entidade passará, portanto, a funcionar como uma ponte de aproximação.

Momento econômico

A iniciativa da Assespro surge em um momento econômico muito favorável. A redução da taxa Selic a 5%, patamar mais baixo da série histórica – e que pode ficar menor ainda em 2020 -, tem estimulado investidores a correrem mais risco na hora de aplicar seu dinheiro. E as startups, inovadoras e escaláveis, se tornaram atrativas aos olhos de muita gente que busca maior rentabilidade.

“Como somos empresários do setor há bastante tempo, conseguimos enxergar se o negócio tem futuro e se o empreendedor é comprometido, fatores que pesam na decisão de investir”, avalia Nogueira.

Outro aspecto relevante no fundo será o portfólio de startups. A curadoria para selecionar as de melhor perfil será feita pelos Comitês de Investimentos e de Inovação da entidade. Além disso, a Assespro quer dar assistências aos negócios alavancados para garantir seu sucesso.

A gestão do fundo vai ser profissional. A direção da Assespro já está em busca de uma gestora para ele. As chances de captação são amplas, pois a entidade reúne entre seus associados 80% do PIB de TI no Brasil. Este ano, os investimentos em startups já bateram a casa dos R$ 8 bilhões no país.

A iniciativa conta com apoio da classe empresarial. “O importante é que a Assespro não quer apenas injetar recursos nas empresas iniciantes, mas ajudá-las a crescerem”, diz o empresário Gerino Xavier, que também é presidente do Sindicato das Empresas de Tecnologia e Processamento de Dados do Estado de Pernambuco (SEPROPE).

“Muitas startups morrem porque não conseguem dinheiro para avançar com sua ideia e morrem muito perto de dar certo. Essa é uma iniciativa muito importante, porque traz o olhar do fundo para os negócios locais”, ressalta Xavier.

“Queremos ajudar as startups, mas queremos, sobretudo, estimular a cultura do investimento”, diz Nogueira.

Fonte: CBN Recife.